Utilizado por diversas religiões ou crenças, o Tarô é um poderoso oráculo capaz de orientar, aconselhar e guiar um indivíduo através dos mais complexos aspectos da vida. Fascinante, não? E você, quer aprender a ler cartas de Tarô? Então confira nosso guia básico para quem quer se familiarizar e aprofundar nas artes divinatórias.
Orientações e sugestões básicas de como jogar o Tarot
Ciganos, Orixás, Marselha, são inúmeros os tipos de Baralhos de Tarô disponíveis. Mas independentemente de qual seja o seu, ao comprar ou ganhar um baralho, você deverá consagrar ou magnetiza-lo, sempre de acordo com os rituais de sua fé religiosa.
Uma das maneiras sugeridas envolve abrir o baralho em ordem sequencial sobre uma toalha para leitura de tarô. Essa toalha também varia de acordo com a sua fé e o tipo de baralho que tem em mãos. No caso do Tarô dos Orixás, ela deve ser branca; seguidores da Wicca e Ciganos, por exemplo, também têm suas próprias cores e mandalas centrais.
Escolha a toalha de tarô e utilize-a única e exclusivamente para abrir o baralho. Evite toalhas na cor preta. Comece esse procedimento de consagração durante a noite, e repita-o por setes noites consecutivas. A consagração pode ser feita de maneira muito simples, onde você declara suas intenções para com essas cartas.
Você pode dedicar as lâminas ao serviço de todos aqueles que buscam por sabedoria, crescimento espiritual; ou ainda consagrar as cartas para que tragam luz, orientação e o desenvolvimento da sua intuição. A consagração é um momento pessoal. Não há fórmula, apenas as suas intenções.
E lembre-se: caso você pretenda usar o baralho em consultas pessoais e para outras pessoas, é aconselhável que tenha então dois baralhos: um para fazer leituras e outro para uso pessoal. Não misture as energias!
Chamando as entidades para a leitura
Depois de consagrado o seu baralho, chega o momento de preparar a mesa para a leitura das cartas. Para isso, você vai precisar de uma pequena sineta confeccionada em metal ou cristal para despertar as entidades desejadas.
A sineta será badalada toda vez em que você estiver prestes a realizar uma consulta. Toque o sino, chame cada entidade e faça a respectiva saudação e elas. Essa saudação pode ser feita tanto em voz baixa quanto somente em seu pensamento.
Apresentando os quatro elementos
Outra configuração muito importante numa mesa de leitura é a presença dos quatro elementos. Para representar fogo, terra, água e ar, você vai precisar de:
- Um copo com água;
- Um vasinho com flor/folhagens ou pedras/cristais;
- Uma vela;
- Um incenso.
A vela e o incenso não precisam estar acesos o dia todo, apenas uma vez ao dia enquanto faz suas orações aos deuses e entidades. Nas orações, peça para que a energia do amor envolva sempre aquele baralho, o qual será unicamente utilizado para praticar o bem e promover o crescimento espiritual.
Preparando o ambiente
Antes de começar a leitura, é importante preparar o ambiente além da mesa. O local onde você irá tirar as cartas deve ser acolhedor e livre de qualquer interferência externa. Desligue a TV, abaixe ou desligue a música, coloque o celular no silencioso, evite conversas paralelas, dentro outros estímulos que possam desconcentrar.
Para perfumar o ambiente, você pode usar um incenso aromático ou queimar ervas à sua escolha.
Tenha também por perto um copo com água (além daquele listado nos quatro elementos). Ele funcionará como um catalisador de energias. Como são muitas as energias liberadas durante a leitura, é importante usar essa catalisador e despejar em fluxo corrente a água após a consulta.
Quando terminar a consulta, coloque o baralho novamente em ordem sequencial para eliminar as influências anteriores. Então guarde seu baralho numa bolsinha própria e envolva-o na toalha de consulta.
O que NÃO fazer durante a leitura e o jogo de Tarô
- Não permita que terceiros permaneçam no local da consulta;
- Não é permitido beber, fumar ou estar alcoolizado durante a consulta;
- Não use o baralho para jogos ou brincadeiras;
- Não abra o baralho se estiver se sentindo doente, indisposto ou com pressa;
- Não empreste seu baralho;
- Não utilize cartas descoradas, rasgadas ou danificadas. Nesse caso, aconselha-se queimar todo o baralho, acompanhado de uma oração. Não doe ou jogue no lixo as cartas velhas;
- Não comente sobre a consulta com outras pessoas.
Maneiras fáceis de consultar o baralho de tarô
Antes de começar a leitura, é importante que você invoque as entidades e guias espirituais para que seja capaz de transmitir a mensagem de forma clara, equilibrada, justa e verdadeira. Procure ser o mais imparcial possível na consulta, sem julgamentos ou opiniões pessoais.
Durante a leitura, tente fazer uma abordagem o mais construtiva possível, apontando as soluções e prezando para que o consulente sinta-se otimista e esperançosa em enfrentar seus obstáculos. Vamos aos métodos de leitura?
1. Método das três cartas
Embaralhe as cartas e peça para o consulente cortar o baralho em três montes, da esquerda para a direita. Então recolha os montes da esquerda para a direita.
Abra todas as cartas, com as figuras para baixo, em forma de leque. Em seguida, peça para o consulente escolher três cartas, que indicação passado, presente e futuro.
Se estiver usando um Tarô de Marselha, é o próprio intérprete quem escolhe as cartas, não havendo a necessidade de cortar o baralho em montes. Nesse caso, as três primeiras cartas são viradas do monte e posicionadas lateralmente da direta para a esquerda. O sentido das cartas (correto ou invertido) é considerado a partir de quem faz a leitura, e não do consulente.
A primeira carta, do passado, deve ser colocada à esquerda do intérprete; a segunda, do presente, fica no meio; e a terceira, do futuro, é colocada à direita.
2. Métodos das cinco cartas
Da mesma forma que o método anterior, embaralhe as cartas e peça para o consulente cortar o baralho em três montes, da esquerda para a direita. Siga recolhendo-os da esquerda para a direita.
Abra as cartas, com as figuras para baixo, em forma de leque. Agora peça para que o consulente tire, aleatoriamente, cinco cartas do monte, que serão dispostas em forma de cruz, da seguinte forma:
Primeira carta (centralizada): situação atual do problema;
Segunda carta (à esquerda): influência do passado em relação ao problema;
Terceira carta (à direita): tendências para um futuro próximo;
Quarta carta (acima): o que está oculto sob aparência;
Quinta carta (abaixo): uma possível solução para o problema.
Novamente, se você estiver usando um Tarô de Marselha, basta embaralhar as cartas e retirar você mesmo as cinco primeiras cartas do monte.
3. Método da mandala
Embaralhe as cartas várias vezes e peça para que o consulente corte o baralho em três montes, da esquerda para a direita. Recolha os montes da esquerda para a direita.
Abra as cartas num leque, com as figuras voltadas para baixo, e peça para que o consulente escolha uma carta, a qual representará a síntese da leitura. Não vire a carta, apenas posicione-a no centro da mesa.
Em seguida, o consulente deverá escolher mais doze cartas e entregará uma a uma ao intérprete, que deve posicionar cada uma delas em sentido anti-horário, começando pela esquerda da carta central (se fosse um relógio, a primeira carta estaria às 9h). E é justamente essa carta que será a primeira a ser virada.
Continue virando e interpretando cada carta no sentido anti-horário, deixando a carta central por último. Veja o que significa cada uma dessas posições:
- Carta 1: características do consulente, intenções ou projetos;
- Carta 2: finanças, ganhos e despesas;
- Carta 3: amigos, irmãos, pequenas viagens;
- Carta 4: família, origem;
- Carta 5: prazeres, aventuras, filhos, arte;
- Carta 6: profissão, trabalho, saúde;
- Carta 7: associações, contratos, casamentos;
- Carta 8: lado oculto, mudanças, transmutação;
- Carta 9: justiça, viagens longas, religião;
- Carta 10: reputação, status, méritos;
- Carta 11: relações com a sociedade, projetos;
- Carta 12: inimigos ocultos, heranças cármicas;
- Carta Central: o momento, o assunto mais importante do consulente.
Se você estiver usando um Tarô de Marselha, basta embaralhar bem as cartas e retirar as treze primeiras cartas do monte, sendo a primeira central.