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“Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João”
(São João, Xangô Menino – Gilberto Gil)
A festa de São João faz parte das celebrações das festas juninas no Brasil. No sincretismo religioso na Umbanda, São João e Xangô – o Senhor da Justiça, por isso no dia 24 de junho é dia de louvá-los! Conheça a história do Dia de São João.
As festas juninas fazem parte de celebrações pagãs relacionadas ao solstício de verão no hemisfério norte, que acontece por volta do dia 24 de junho. No Brasil, celebramos com nossas músicas, comidas típicas e danças em volta da fogueira. A herança da fogueira é da celebração europeia, que da Estônia a Portugal, da Finlândia à França, utilizam a fogueira para celebrar a chegada do calor. São João e também Santo Antônio celebram seus dias durante o mês de junho e são homenageados em festas que se espalham pelo país todo.
A fogueira também está ligada a Xangô. Xangô é a divindade que rege o fogo, o trovão e os raios. Com o poder do fogo de Xangô, destrói-se tudo de ruim, causando uma transmutação de más energias para boas energias, de acordo com o nosso merecimento. É isso que é pedido nas fogueiras durante o mês de junho: a libertação de todo o mal e atração de coisas boas com a benção de Xangô.
Segundo a história, Maria e Santa Isabel eram muito próximas e costumavam visitar-se com frequência. Um dia, quando Isabel foi à casa de Maria para lhe contar que estava grávida e que seu filho se chamaria João. Maria questionou à Isabel como ela iria avisar sobre o nascimento do menino e ela disse: “Acenderei uma fogueira bem grande; assim você de longe poderá vê-la e saberá que Joãozinho nasceu. Mandarei, também, erguer um mastro, com uma boneca sobre ele”.
No dia do nascimento de São João, Isabel cumpriu sua promessa e mandou erguer uma grande fogueira para avisar à Maria. Zacarias, marido de Isabel, ficou mudo de alegria por vários dias quando soube que seria pai. A história diz que ele só voltou a falar quando o menino nasceu e perguntaram-lhe o nome, e ele disse: “João”! Maria viu a fumaça no céu e o clarão das labaredas de fogo ao longe, e assim soube que o filho de Isabel havia nascido. Nascia São João Batista – e a representação da fogueira e do mastro marcam a data com simbolismo sagrado.